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Mostrando postagens de abril, 2020

[FotoGrafiar] Ao Mestre no espelho...

[ por  Valéria Amorim do Carmo] 2 de julho de 2016 Ao Mestre no espelho... Prezado José, Certo dia estando em ótima companhia na cidade de Limeira recebo de repente uma pergunta inesperada: que é uma fotografia? Como um encontro inesperado na sombra, assusto e me calo... Recobrada parte da consciência, arrisco uma resposta pronta que estava guardada em algum lugar, engomada e cheirando a mofo. Certamente aquela resposta psicografada chega vazia de significado, mas não de intenção. O vazio me revela a ausência de algo que deveria ser grande. Cumpro apenas o papel de intermediário de ideias que não foram e nunca serão minhas. Idéias maquiadas por um dito e erudito rigor científico em que me criei, mas que não cabe mais em mim. Parto em busca de um sentido autêntico; aquele que me põe a pensar o pensamento dentro do qual passei a habitar e que se transmutou em lugar. Nesta viagem que encaro como ontológica busco pela "raiz do problema". Cercada o

Tecendo Geografias em Viagens

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Na coluna "nossa geografia humanista" de hoje, apresento meu trabalho de conclusão de curso, intitulado Tecendo Geografia em Viagens , publicada em 2014 na Universidade Federal de Minas Gerais. *SOBRE RELATOS DE VIAGEM, VEJA O VÍDEO Ao viajar, nos relacionamos com o espaço.  Sentimos e percebemos, pois essa é uma necessidade básica para se existir no mundo: ser no tempo e no espaço.  Podemos, portanto, compreender quais sentimentos pelo espaço definem a experiência da viagem através dos significados essenciais anunciados pelo viajante ao relatar sua experiência; e a partir disso, identificar quais categorias geográficas (e como) compreendem e expressam os significados essenciais estabelecidos entre o viajante e o espaço, durante a viagem. Dessa maneira,  me volto para o próprio ato de viajar, e para as peculiaridades de estar em contato com um espaço que não é aquele do cotidiano . Apresento cinco relatos de viagens, que variaram de seis meses a um ano, inclu

Roda de conversa sobre diários de bordo

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O caminho junto da expectativa de Recife / por Alice Bessa (Escritos avulsos durante a viagem, dias 27 de abril até 29 de maio) Próximo a Itaobim/MG (BR 116) Subir nordeste afora no outono pode revelar paisagens secas e acinzentadas mesmo neste mês úmido (de chuvas frontais recorrentes), algo me diz que houve uma seca avassaladora, um raio de sol é o suficiente para a paisagem ficar cor de palha. Em alguns momentos me deparo com oásis verdes,  são as veias férteis do sertão. Alguns paredões esbranquiçados me fazem pensar que há calcário  aqui... Mas minhas expectativas de chegada devoram as paisagens reais em muitos momentos... ... Fotografia de Alice Bessa Seguimos a trilha das palavras e imagens que nos contam dias e dias, subjetividades e mundos: diários de bordo, compostos de relatos pessoais, fonte de pesquisas geográficas. Nós, npgeohanas, acolhemos o debate sobre uso de diários de bordo como metologia de pesquisa humanista, promovido pela

Roda de conversa sobre "Place and placelessness", de Edward Relph

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“Um conhecimento de lugares”, Hugh Prince (1961, p.22) escreveu, “é um elo indispensável na corrente do conhecimento”. E em termos do conhecimento prático cotidiano de que precisamos para organizar nossas experiências do mundo, pode haver pouca discussão sobre isso, pois precisamos conhecer, diferenciar e responder aos vários lugares em que trabalhamos, relaxamos e dormimos.  trecho inicial do livro de Edward Relph, traduzido por Ivo Venerotti, e lido na nossa primeira reunião de debate da obra: "Place and  placelessness" (RELPH, 1976). Encontro do dia 13/04/2020 *Seguimos realizando nossos encontros de maneira virtual. Está interessado em participar? Mande um e-mail para gente!

Um cadinho de prosa poética nesses tempos

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Fotografia: Valéria Amorim Parares pandêmicos Parar... De volta à casa das paisagens internas. Flano imagético. Quanto é o tempo! Finalmente o vento entende a língua: poesia. Transpirada solidão das palavras. Conversam os sutis. Natureza diz nublou em sopros. Na profunda troca o café esfriou. Parar? Agora na curva do beco. Medo. Morte assopra. O alimento balança o bauleto . A entrega. Barriga da esquina de fome grita. Não há ouvidos! Chão do asfalto molhado. Quentes mãos do cliente. Arte no semáforo.   Janelas fechadas. Rua da quebrada: rio. Parar seca. Vamos pedir comida hoje, amor? Parar. No desemprego, clamando arrego. Sem escolha. Discursos do ódio. Máscaras e máscaras.   Luvas. - Qual doença é a pior? Mastiga a farinha molhada do feijão. O indizível resto do mantimento. Parar?! Entocando produtos essenciais. Quanto mais. Produzindo. Inércia rítmica do sistema. Lives com vinhos e queijos. Personal trainer na tela. Coroando a economia, genuína;

Geografia Humanista na tela!

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ENTREVISTAS SOBRE GEOGRAFIA HUMANISTA Confira entrevistas com diversas geógrafas e geógrafos humanistas brasileiros sobre temáticas da nossa área de estudo! Geografia dos Sabores com a profa. Vírginia Palhares Geografia Humanista e Fenomenológica com o prof. Eduardo Marandola Geograficidade com prof. Eduardo Marandola E muito mais, confira!! Acesse o Canal Descomplicado aqui! *O Canal Descomplicado reúne vídeos acadêmicos num formato amigável e de alta confiabilidade, elaborado por professores das universidades mais prestigiadas do país. Buscamos uma linguagem direta e simplificada nos nossos vídeos. Projeto idealizado pelo Prof. Douglas Sathler (UFVJM).

Encontros em tempos de pandemia...

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Fotografia de Valéria Amorim - de casa O NPGEOH decidiu manter sua programação do semestre virtualmente devido à pandemia do novo Covid-19. Os encontros estão ocorrendo virtualmente e, em breve, teremos mais novidades! Eventos que serão realizados esse semestre: Voltaremos com nosso grupo de estudos em Geografia Humanista com leituras e discussões temáticas: 1) Epistemologia, 2) Arte, 3) Sabores e 4) Educação. Realizaremos as propostas de trabalho de cada membro do grupo, iniciada com a leitura conjunta do livro " Place and placelessness " do geógrafo humanista Edward Relph, facilitada pelo membro Ivo Venerotti.  Em seguida, teremos uma roda de conversa mais que especial sobre a metodologia do diário de bordo na pesquisa humanista com a membra facilitadora Alice de Bessa. E muito mais! Beijos cintilantes!