Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2020

O pássaro avuô: diário de bordo sobre práticas de afloramento das geograficidades através do corpo.

Imagem
  Um Piaya Cayana , pássaro conhecido como alma-de-gato aqui no norte mineiro tem pousado-cantante nos primeiros planos das paisagens das minhas janelas. A última vez que vi um desses tão de perto foi enquanto era aluna de graduação, comprometida com as geomorfologias terráqueas; as formas que a dança entre a água, o ar e a terra deixam sob nossos pés. Aquele pouso nas grades da janela-leste, amanhecendo a atmosfera da avenida Antônio Carlos, me trouxe uma epifania. Naquele canto-pássaro que amanhecia, percebi uma ponte essencial entre os seres e a Terra. Precisava então me voltar para as humanísticas entrelaçadas naquelas morfologias. Precisava entender as intersubjetividades e subjetividades dos corpos no mundo. Os encontros entre as formas-corpo, as formas-alma, as formas-espirito e as formas-Terra. Desde aquele dia, essas foram  minhas geografias. Nesse caminho, encontrei pessoas que também buscavam encontros geografia-ser. Sedentas e bebendo bibliografias que me acalmaram em part