URBANO: outras leituras e diálogos
Mas que coisa, olhe de novo, talvez sua vista se enganou. Falas estranhas, ligeiramente afastadas, sons que de onde estamos chegam como ecos. As vezes são tensões, nesse nosso chão da ciência que quer fazer do mundo fragmento afastado, leitura oposta a tudo aquilo que não se faz igual. Contudo não somos Narciso pra achar feio o que não é espelho. Buscamos uma ciência aberta, como espelho em negativo, sem refletir apenas o que é corriqueiro de nossas mesas, mas que se dissimule a travar debates, costuras com fios das tantas outras cores dos saberes, das correntes, das escolas, dos territórios. Do urbano vivo em nossas caminhadas e reflexões corpóreas, que possui estruturas e valores diversos, de atravessamentos constantes com lutas e resistência, surgem as inquietações e questionamentos que compõem essa mesa. Se busca se ver no espelho não se achegue, nossa ciência é lugar do estranhamento, do outro, o rosto diferente.