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Mostrando postagens de outubro, 2020

O que perdemos quando silenciamos?

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Proposta e facilitada pelas membras integrantes da linha de gênero do Npgeoh - Alice Bessa, Aline Nogueira e Letícia Moraes -, a primeira roda de conversa sobre gênero do grupo aconteceu na última sexta-feira, 23 de outubro de 2020.  Abordamos diversos aspectos do silêncio da mulher, suas causas e consequências. Regamos essa roda com trechos de obras diversas, de Virginia Woolf a Clarisse Pinkola, passando por Maya Angelou e Marilena Chauí.  Fruto das nossas interrogações, elaboramos uma cachoeira de palavras coletiva que tornou evidente o que nós, mulheres, mais perdemos quando somos silenciadas (ou mesmo quando nos silenciamos): tempo 💥 A roda de conversa foi inspiradora de pensamentos e mudanças. Uma construção coletiva, que reuniu literatura, experiências e reflexões. 💚 **A roda de conversa ocorreu virtualmente devido a pandemia da Covid-19. Todas as atividades do grupo estão sendo realizadas nessa modalidade. 

Npgeoh em peso na nova edição da Revista Geograficidade! 💙

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O número especial de 10 anos do SEGHUM da Revista Geograficidade foi lançado e conta com artigos, resenhas e experimentações das npgeoas Aline, Alice, Virgínia, Valéria e Marina! Confira aqui!  💙 v. 10 (2020): Outono 2020 - Número Especial - Entre passado e futuro: SEGHUM 10 anos 💙 💙 💙 💙

[TRAVESSIA] Um caminhante e um poeta - Conversão

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 CONVERSÃO há dias na vida em que o céu parece desabar. o imaginário humano do paraíso acima de nossas cabeças permeia minha consciência. ainda olho para cima em busca de respostas de algo que é maior que eu, e que não posso atingir. me volto aos céus e rezo em oração profana de um corpo errante. Era quinta feira, e a neblina densa que vinha do Espinhaço descia em direção a Lapinha. A luz do sol era difusa, em meio a suspensão líquida que cortava o céu. Baixando, cuidadosamente, vinha encontrar o amanhecer de um novo dia nas terras banhadas pelo córrego da Lapinha e pelo córrego do Mato Capim. O encontro das águas. As do céu e as da Terra. A neblina, pura, carregando as menores das substâncias em seu corpo volátil que polula o céu da Serra. Os córregos, correntes líquidas repletas de sedimentos de areia, argila, silte, folhas, pisadas, corpos. A medida que descia em direção ao chão, a neblina não invadia, mas envolvia a paisagem. Não se tratava de uma sobreposição, mas um encontro. O c